Antecipação do 13° Salário do INSS

Antecipação do 13º salário do INSS deverá ajudar a aquecer a economia.

O Governo pretende concretizar a antecipação do 13º salário no INSS e, dessa forma, injetar cerca de R$ 50 bilhões na economia nacional. A previsão para o pagamento da primeira parcela do abono é para o mês de abril de 2021. De acordo com os especialistas em economia, a prioridade agora deverá ser pagar as dívidas. Com isso, pensionistas e aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) irão receber o 13º salário antecipadamente, como ocorreu em 2019.

A notícia, anunciada por Jair Bolsonaro – atual presidente do Brasil – e confirmada por Paulo Guedes – atual ministro da Economia – é consequência da aprovação do Orçamento 2021 feita no dia 25 de março pelo Congresso Nacional. Com essa antecipação, o governo pretende amenizar as crises econômicas causadas pela pandemia do covid-19.
Se você se encaixa na lista de pessoas que terão seu 13º salário adiantado, confira a seguir algumas dicas de como utilizar este dinheiro da melhor forma possível.

Como utilizar o 13º salário

De acordo com Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a prioridade dos brasileiros no atual momento de pandemia, deve ser pagar suas dívidas.

É comum e compreensível que, por conta da queda de salário e renda em geral, as pessoas se endividem nesse período de quarentena nacional. Dessa forma, o essencial agora, tanto para os recebedores, quanto para a economia brasileira, é que esse dinheiro seja priorizado e utilizado com a finalidade de pagar as dívidas criadas nesse momento.
Segundo o diretor, o salário adiantado deve ser dividido em três partes:

1ª Dívidas: Priorizar as dívidas com juros altos, cartão de crédito e cheque especial.

2ª Despesas: Priorizar as contas de início de ano, tais como despesas escolares, IPVA, IPTU e outras.

3ª Reserva: Criar uma reserva de emergência com o dinheiro que restar do pagamento das dívidas.

De acordo com Teresa Tayra, educadora financeira, é preciso identificar qual é a sua condição financeira atual a fim de usar o dinheiro para quitar as dívidas e, depois de quitá-las, iniciar a reserva de emergência. Além disso, esse dinheiro pode ser utilizado para aumentar o aporte para uma possível renda futura, como por exemplo, para a previdência privada.

A educadora ainda ressalta que a quitação das dívidas deve ser acompanhada por um processo de aprendizado, a fim de não permitir que outras novas dívidas possam surgir. Com isso, não adianta pagar todas as contas e, depois disso, criar o dobro de dívidas novamente. Com isso, o mais indicado é não gastar mais do que ganha, bem como reservar uma parte do salário para a reserva de emergência.

Como já citado pelo diretor da Anefac e, agora, reforçado pela educadora financeira, a prioridade daqueles que possuem carro é pagar o IPVA, caso ainda não tenha pagado o imposto. Além disso, aqueles que parcelaram o IPTU, podem usar esse adiantamento para criar uma reserva a fim de garantir que o pagamento mensal desse imposto seja realizado sem a possibilidade de se endividar.

Como evitar endividamentos

Outro modo de utilizar bem o dinheiro do 13º salário é investindo. Para isso, o recebedor deve garantir que suas contas estejam quitadas e que sua reserva de emergência está de acordo com as suas necessidades. Depois disso, é preciso estudar quais são seus objetivos e como chegar até eles por meio do investimento desse dinheiro.
Feito tudo isso, o recebedor deverá certificar-se de não se endividar. Para isso, ele precisa gastar seu dinheiro dentro do seu padrão de vida, aumentar constantemente sua reserva de emergência, controlar seu cartão de crédito, gastar de forma consciente e precavida, evitar pegar empréstimos e jamais gastar sua reserva de emergência com situações não emergenciais.

Por Larissa Fonseca