O Departamento Intersindical de Estatísticas e de Estudos Socioeconômicos, o Dieese, trouxe um dado extremamente chocante em uma divulgação realizada na última quarta-feira, dia 7 de janeiro. Isso porque, conforme o instituto, o salário mínimo ideal em janeiro para que o brasileiro consiga sustentar a sua família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.752,65.
A estimativa é feita mensalmente, levando por base o salário mínimo que é ideal para que se consiga atender todas as necessidades mais básicas de um trabalhador e de toda a sua família, assim como é estabelecido pela Constituição. São essas: alimentação, moradia, saúde, educação, lazer, higiene, vestuário, Previdência Social e transporte.
Para se calcular o valor, é utilizada como base a cesta básica com valor mais elevado entre as 27 capitais do Brasil. Sendo assim, para o mês de janeiro, o valor mais alto foi registrado na cidade de Porto Alegre, de R$ 446,69.
Na sequência, temos o Rio de Janeiro, que registrou R$ 443,81, e a cidade de São Paulo, com R$ 439,20. Os menores valores puderam ser observados em Salvador, no valor de R$ 333,98 e em Aracaju, com R$ 349,97.
Outro dado levantado pelo Dieese é de que, em janeiro, o valor do conjunto de alimentos considerado essencial e que compõe a cesta aumentou em 20 capitais nas quais a entidade realiza a cada mês uma averiguação, nominada essa de Pesquisa Nacional da Cesta Básica dos Alimentos. Sabendo disso, a alta mais expressiva ocorreu na cidade de João Pessoa, com 11,91% de acréscimo.
Seguida dessa estão: Brasília, com 9,67%; Natal, com 8,85%; Vitória, com 8,45%; e Recife, com 7,32%. Já as menores taxas com valores positivos foram notadas em Goiânia, com 0,42% e em Manaus, com 2,59%.
Entre um período de 12 meses, contando a partir de janeiro de 2017 e o igual mês de 2018, foram 14 as cidades que acumularam uma diminuição no preço da cesta básica. Sendo assim, merecem grande destaque as reduções observadas em Salvador, de -7,16%; de Belém, de -9,70%; e, principalmente, de Manaus, com registro de -9,93%.
Outro fato interessante é que a diferença entre o salário mínimo considerado real daquele necessário teve um aumento entre os meses de dezembro de 2017 e janeiro de 2018. Assim, no mês passado, o ideal era de que ele fosse no valor de R$ 3.585,05, uma diferença 3,83 vezes superior ao salário mínimo vigente.
A partir desse mês, está em vigor no Brasil o salário mínimo no valor de R$ 954. O aumento gerado foi de R$ 17 (ou de 1,81%) em relação ao salário do ano de 2017, estipulado no ano de 2017 em R$ 937.
Como se percebe, esse reajuste ficou muito abaixo da inflação acumulada em 2017, de 2,07%. Com isso, entende-se que o salário teve uma perda em termos de poder de compra do último ano para agora.
Conforme o decreto para o salário mínimo, é estabelecido por lei o valor por hora de R$ 4,34. Já o valor diário fica em R$ 31,80.
Apesar de ser um dado do ano passado, vale ressaltar que o Dieese apresentou um aumento de 2,44 na variação que mede o Índice de Custo de Vida, o ICV, no Brasil. Sendo assim, dos grupos que o compõe, cinco foram as verificações superiores à inflação de janeiro a dezembro de 2017. São elas: Transporte (com 3,36%), Habitação (com 5,76%), Saúde (com 6,02%), Educação e Leitura (com 7,16%) e Despesas Diversas (com 7,78%).
Já nos demais grupos, referentes à Recreação, Despesas Pessoais, Alimentação, Equipamento Doméstico e Vestuário, as taxas foram ou menores ou negativas.
Kellen Kunz
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