Comprar alimentos, pagar aluguel, comprar roupas, material escolar para os filhos, ter dinheiro para o transporte, garantir momentos de lazer, dentre outras situações. Está cada vez mais difícil para os chefes de família driblarem a recessão econômica e a inflação. Situação confirmada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), já que de acordo com esse órgão o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 3.777,93. Esse estudo é feito desde 1994, com base no valor da cesta básica do país.
Todos os meses são divulgados os valores que seriam ideais para o salário mínimo no Brasil pelo Dieese. Diante disso, em janeiro o valor deveria ser de R$ 3.795,24, já em abril de R$ 3. 716,77; em maio de 2015 era de R$ 3.377,62. O valor do mês de maio de 2016 (R$ 3.777,93) é de 4,3 vezes maior que o valor do salário mínimo vigente no Brasil, que é de R$ 880,00. Porém, segundo especialistas, garantir um salário mínimo neste valor poderia gerar uma quebradeira no país. Dessa forma, segundo economistas, a única forma de ascensão social é a educação.
Para garantir o cálculo do valor do reajuste do salário mínimo, o governo tem como base a variação para a inflação para a população de baixa renda, que é o INPC. Mesmo não sendo possível dar um aumento neste valor para os trabalhadores. alguns dados da cesta básica que também foram divulgados pelo Dieese, nessa segunda-feira (6), mostram como está difícil a vida do brasileiro que ganha pouco. Em São Paulo, por exemplo, é necessário gastar R$ 449,70 para comprar alimentos essenciais no dia a dia, assim como feijão e arroz, dentre outros produtos básicos para a sobrevivência. Já em Porto Alegre, que é a capital do Rio Grande do Sul, o trabalhador precisa gastar R$ 443,46 com alimentos da cesta básica.
Ainda segundo essa pesquisa da cesta básica do Dieese, o feijão ficou mais "salgado" em 24 capitais. Houve aumento da farinha de mandioca na região nordeste e norte, já na região centro-sul subiu o preço do feijão, leite, batata e manteiga. De acordo com o Dieese, o leite aumentou devido ao período da entressafra, em 21 cidades pesquisadas. A única baixa foi no preço da banana, que caiu em 19 capitais pesquisadas. Diante de tantos aumentos, fica difícil manter uma mesa farta com um salário tão baixo, mas como dizem os economistas, o melhor é trabalhar com salários mais baixos do que gerar uma quebradeira e mais desemprego no país, que já chega a 11,5 milhões de desempregados, segundo pesquisas divulgadas recentemente por órgãos competentes. Diante disso, devemos investir em educação para as próximas gerações, garantindo assim melhores condições de vida e a tão sonhada ascensão social.
E você o que acha do valor do salário mínimo? Acha suficiente para garantir o sustento de uma família numerosa? Na sua opinião, qual seria o valor ideal do salário mínimo? Deixe aqui seu comentário e opinião sobre o assunto!
Rodolfo Merino
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