O Banco Central do Brasil informou que as contas do setor público, no qual dentro disso temos o governo, além dos estados, dos municípios e também das empresas estatais, conseguiram apresentar o pior registro da história para o mês de junho e ao mesmo tempo do primeiro semestre, que no caso levou em consideração dados que começaram a serem levantados diretamente no mês de dezembro do ano de 2001.
Para ter uma ideia como esse é um dos piores índices onde o déficit primário, ou seja, as receitas menos as despesas, sem ainda a inclusão dos juros, ficou exatamente em R$ 9,32 bilhões no mês de junho. Esse resultado é o pior de todos já levantados, pois no mês de julho de 2014 tivemos um déficit que ficou registrado no valor de R$ 2,1 bilhões.
Temos também as informações que o Banco Central constatou que nesse primeiro semestre de 2015, o registro do superávit ficou em R$ 16,22 bilhões, que resulta em contas no “azul”, mas que ao mesmo tempo é a menor da história.
Com esses dados apresentados podemos ainda notar que foi um resultado bem fraco para as contas públicas para o primeiro semestre do ano, pois nos últimos 12 meses (julho de 2014 a junho de 2015) o déficit primário ficou em R$ 45,69 bilhões ou exatamente 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto).
Para alguns especialistas, como por exemplo, o Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel avalia que esse tipo de resultado reflete um quadro que é decorrente da atividade econômica que repercute diretamente no desempenho fiscal das contas públicas, em decorrência das medidas adotadas para realizar a recuperação e receitas e também da contenção de despesas. Outro ponto que ele ainda afirma é que esse se tornou um tipo de impacto significativo com relação à atividade econômica, sobretudo na arrecadação e ainda sobre as receitas, que acabaram se refletindo no desempenho desse tipo de período.
Uma das medidas para atingir as metas fiscais e conseguir bons resultados, é realizar o aumento dos tributos de combustíveis, cerveja, refrigerantes e cosméticos, empréstimos, importados, automóveis, receitas financeiras de empresas e também das exportações de produtos manufaturados, além das limitações sobre os benefícios-sociais (pensão por morte, seguro-desemprego, abono salarial e auxílio-doença), fora os bloqueios iniciais de R$ 69,9 bilhões no orçamento deste ano.
Por Fernanda de Godoi
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Política de Cookies
Quer deixar um comentário?