Previsão da inflação subiu e do crescimento da economia caiu

Perspectiva da inflação subiu pela 15ª semana seguida, indo para 9,23%, e do PIB diminuiu, indo para -1,76%.

A situação da economia brasileira não está das melhores e infelizmente a perspectiva não anima. O Banco Central consultou economistas, os quais subiram a previsão da inflação pela 15ª semana seguida e projetaram um menor crescimento da economia. Na segunda quinzena de julho, os analistas projetaram o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo, o índice oficial de inflação) de 9,15%; na terceira semana, a previsão aumentou para 9,23%. Pode não parecer muito, mas qualquer aumento não é bem visto.

A atual projeção está bem acima do limite máximo estabelecido pelo governo. A meta estabelecida é de manter a alta dos preços ao percentual de 4,5% ao ano, havendo uma tolerância de 2% para cima ou para baixo, ou seja, na prática, o percentual deveria oscilar entre 2,5% e 6,5%. O valor do dólar também não é animador, mesmo com uma possível melhora nas exportações. A moeda americana subiu de R$ 3,23 para R$ 3,36 e a tendência é subir ainda mais.

O PIB (Produto Interno Bruto) também não vai bem das pernas, uma vez que a previsão que já não era nada boa (-1,7%) na semana passada, agora é de -1,76%. O país está produzindo menos e o problema tende a se agravar. A projeção para a Selic, a taxa básica de juros, por exemplo, diminuiu de 14,5% na última semana para 14,25% nesta semana.

O boletim Focus:

Semanalmente, o BC publica um relatório de mercado chamado de Boletim Focus, o qual traz informações de economistas relacionados aos principais indicadores econômicos do país. São mais de 100 corporações ouvidas, excluindo sempre os números extremos (para mais ou menos), o BC calcula uma média das perspectivas do crescimento da economia. São medidos o crescimento ou diminuição do Produto Interno Bruto, além de perspectivas para a inflação, a taxa de câmbio e outras.

A Mediana exibe o valor central da amostra de dados, sendo desprezadas as maiores e menores médias. 

Por Ana Rosa Martins Rocha

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