Queda no valor dos salários para admissão de profissionais

Salários médios apresentaram queda real neste ano.

Com a crise no cenário econômico, houve piora no cenário do mercado de trabalho e, consequentemente, uma queda real dos salários médios para admissão de profissionais com carteira assinada.

No primeiro semestre deste ano, a remuneração média dos trabalhadores brasileiros era de R$ 1.250,39, bem abaixo do valor pago pelas empresas entre os meses de janeiro de julho deste ano. Valor que era de R$ 1.271,10.  A queda é a primeira desde que a série histórica para o indicador foi iniciada, no ano de 2003.

A queda do número de brasileiros com carteira assinada também se relaciona com a piora da atividade econômica e do emprego. O número estimado para a recessão deste ano é de 1,7% e só no primeiro semestre, o país já fechou cerca de 345 mil postos de trabalhos, resultado que é o pior desde o ano de 2002. 

Em alguns estados, a redução do salário é ainda mais grave, atingindo uma queda de 5% no primeiro semestre deste ano. Os estados nessa situação são Pernambuco, Rondônia e Alagoas. A queda do poder de barganha salarial do brasileiro é culpa da alta inflação e da piora econômica do país. Ao mesmo tempo em que mais trabalhadores procuram emprego para melhorar as condições de vida, as empresas oferecem cada vez menos vagas, para frear os prejuízos da crise.

Com a queda dos salários oferecidos pelas empresas que assinam a carteira, o trabalhador vem buscando outras soluções. Até os 12 meses anteriores ao mês de maio, cerca de 213 mil profissionais trocaram o emprego com carteira de trabalho pelo próprio negócio.  Outro fator importante é que os salários sofrem uma precarização entre a admissão e a demissão do funcionário, o fator, segundo os especialistas é culpa da crise econômica, que força os donos de empresas a reduzir o salário de seus funcionários, ou contratar outros com um custo menor aos seus cofres. Com a demanda de empregos cada vez menor, os profissionais submetem-se à mudança de salários, para não perderem seus postos para profissionais que estão em busca de novas oportunidades ou mesmo do primeiro emprego. 

O cenário definitivamente não é dos melhores para o trabalhador brasileiro. Com pouco ou nenhum poder de barganha, os profissionais ficam a mercê das variações salariais oferecidas pelo mercado, para não engrossar o já grande número de desempregados no país.

Por Patrícia Generoso

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