Qual trabalhador não fica ansioso pela chegada do pagamento do abono salarial a que tem direito, não é? Este que pode ser considerado o 14º salário dos trabalhadores brasileiros e que sempre chega para ajudar a quitar dívidas ou no pagamento de outras prioridades é sempre um dinheiro muito bem-vindo para a população em geral.
Mas, é bem provável que a metade dos trabalhadores que possuem sua carteira de trabalho assinada e têm este direito, não poderão receber este benefício em 2015, apenas no próximo ano. E a justificativa para isso é simples, está é apenas mais uma das muitas manobras fiscais adotadas pelo atual governo e que prejudicam principalmente aos que mais seriam beneficiados por este pagamento: a população de mais baixa renda.
Na tarde do dia 2 de julho, o Codefat – Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador atendeu ao calendário de pagamentos do abono salarial proposto pelo governo, que tira quase a metade dos pagamentos previstos para este ano e os inclui no orçamento para 2016.
Com mais esta manobra para tentar controlar as contas públicas, o governo esperaeconomizar neste ano cerca de R$ 9 bilhões.
Os pagamentos, que até no ano passado eram feitos entre os meses de julho e outubro, agora, de acordo com o novo calendário aprovado, serão liberados dentro de 12 meses, de julho de 2015 até julho 2016.
Este novo calendário de pagamentos do abono salarial foi aprovado por 10 votos a favor e 7 contra pelo conselho. Seis representantes de sindicatos dos trabalhadores e também da CNS – Confederação Nacional de Serviços votaram contra esta medida adotada. Em uma nota oficial emitida pela Força Sindical, a entidade fez duras críticas a estas mudanças e as classifica como mais uma retirada de direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos tempos.
A alteração aprovada no calendário do pagamento do abono salarial, por enquanto, vale apenas para o ano de 2015. Os pagamentos de 2016 serão discutidos na próxima reunião do conselho que acontecerá apenas em 2016.
Vale lembrar ainda que neste ano, o atual governo já havia tentado reduzir o pagamento do Abono Salarial aos trabalhadores de carteira assinada que recebem até 2 salários mínimos e que tivesse trabalhado ao menos 30 dias no ano anterior.
Por André F.C.
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