Em meio ao difícil cenário econômico brasileiro, alta das taxas de juros e aumento de impostos, mais uma notícia desagradável surgiu: até o final de 2015 a energia elétrica deve ter um reajuste de 43,4%. A informação foi divulgada pelo Banco Central na última quarta-feira, 24 de junho. A informação veio através do relatório de inflação do segundo trimestre de 2015.
Vale ressaltar que há apenas duas semanas atrás o Banco Central havia divulgado a sua previsão para o reajuste da energia elétrica em 2015: 41% até o final do ano. E para aqueles que não sabem, esse reajuste é uma consequência direta do repasse às tarifas do custo de operações de financiamento. Tais operações foram contratadas ainda em 2014 e faz parte da Conta de Desenvolvimento Energético.
Vale destacar que todo esse reajuste além da dificuldade do setor energético em 2015 é resultado direito de algumas ações do governo federal. O principal deles foi a decisão do governo de que não tinha mais interesse em fazer repasses a Conta de Desenvolvimento Energético em 2015. Era estimado um repasse de cerca de R$ 9 bilhões em 2015 para o setor. Portanto, isso explica em grande parte os aumentos enormes nas contas de energia em todo o Brasil.
Outro detalhe bastante importante e que também incide no aumento da conta de energia por todo o Brasil está relacionado ao custo de produção. Saiba que o custo de produção de eletricidade começou a aumentar a partir do final de 2012, haja vista uma queda expressiva no armazenamento de água nos reservatórios de grandes hidrelétricas do Brasil.
Com isso, visando poupar água e manter o mesmo ritmo de distribuição de energia elétrica, o país vem utilizando em maior escala os serviços das termelétricas. É importante destacar que as termelétricas funcionam a base da queima de combustíveis, portanto, geram uma energia mais cara.
Também podemos destacar o plano do governo federal no final de 2012 que acabou levando a redução das contas de luz em 20%. O ponto negativo nessa questão é que o governo teve que antecipar a renovação das concessões de geradoras e transmissoras de energia. Em decorrência disso, as mesmas tiveram que receber indenizações referentes aos investimentos que não tinham sido pagos de forma integral.
Por Bruno Henrique
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