Com o cenário econômico que não consegue em hipótese alguma esconder a situação de restrição fiscal o governo federal resolveu anunciar uma nova medida: o programa Minha Casa Melhor, que se tratava de uma linha de crédito especial concedida aos beneficiários de outro programa, o Minha Casa, Minha Vida. Esse crédito era cedido com o intuito de que os usuários pudessem fazer uso do mesmo para a aquisição de eletrônicos, eletrodomésticos e móveis dentre outros coisas com taxas de juros subsidiadas.
Vamos entender melhor essa situação:
Para que fosse possível operar o programa a Caixa Econômica Federal recebeu do governo federal um aporte financeiro de capitalização no valor de R$ 8 bilhões. Isso lá em junho de 2013. Entretanto, desse valor anunciado R$ 3 bilhões é que foram direcionados para os financiamentos do programa. Já o restante da cifra foi usado em outra operação.
Segundo informações obtidas o Boradcast chegou a conclusão de que os R$ 3 bilhões apontados foram desembolsados para o total de financiamentos que foram liberados pela Caixa Econômica até o final de 2014. Ou seja, 18 meses depois que o programa foi anunciado.
O que acabou ocorrendo foi que com isso o governo não teve outra saída a não ser parar com a distribuição de novos cartões. Claro que isso acontece por não haver mais recursos capazes de suportar o custo financeiro dos juros mais baixos.
De acordo com as informações obtidas junto ao canal oficial de comunicação entre a Caixa Econômica e os beneficiários do referido programa o mesmo se encontra suspenso desde o último dia 20 de fevereiro de 2015.
Ainda de acordo com o canal a Caixa estaria reavaliando alguns aspectos do programa antes de efetuar de fato novas contratações para todo o Brasil.
Inicialmente, bem no começo do programa o objetivo divulgado pelo governo era de que cerca de 3,7 milhões de famílias pudessem ser beneficiadas.
O programa Casa Melhor dispõe aos beneficiários crédito a juros significativamente mais baixos do que aqueles que são praticados pelo mercado desde que esses beneficiários façam parte do programa Minha Casa, Minha Vida.
Por Denisson Soares