No final de 2014 já tínhamos claros sinais de que 2015 seria uma no muito difícil. Muitas pessoas que viram e acreditaram nestes sinais, reduziram as compras e até cancelaram viagens para começar 2015 com um pouco mais de dinheiro reservado e fizeram muito bem!
Porém, muitas famílias não seguiram por este caminho, gastaram com as compras de final de ano e ao chegarem no ano novo se depararam com uma série de aumentos, o que comprometeu o salário de muitos trabalhadores e, assim, é registrado um maior endividamento das famílias brasileiras neste mês de fevereiro.
Apesar de haver uma redução no índice de endividamento das famílias se comparado com fevereiro do ano passado, se a comparação for feita com janeiro deste ano, poderemos constatar que houve um aumento, pois em fevereiro a porcentagem de famílias endividadas era de 57,5% e este mês subiu para 57,8%.
A boa notícia é que houve uma redução no número de famílias com contas em atraso, sendo que esta redução era de 17,8% em janeiro e este mês caiu para 17,5%. A redução é pouca, mas diante da atual crise que assola o país, é uma redução bastante significativa.
Mas uma constatação se tornou motivo de preocupação, pois o número de famílias que declararam não ter condições de quitar suas dívidas em atraso mostrou um pequeno aumento, chegando a 6,4% em fevereiro. Neste mesmo período, o ano passado, a porcentagem era de 5,9%.
Tudo indica que o consumidor não se preparou para um ano novo tão difícil, mas assim que os aumentos começaram a ser anunciados, o consumidor imediatamente reduziu o consumo, sendo que para muitos, já não foi o suficiente para resolver a questão, uma vez que já haviam contraído sua dívida. Hoje o consumidor está mais cauteloso, reduzindo o consumo e atento às elevadas taxas de juros, o que contribuiu para reduzir o número de endividamentos.
E como o restante do ano não promete melhoras no cenário econômico e nem redução nos preços de um modo geral, a previsão é de que estes números não aumentem, pois a família brasileira está segurando ao máximo o consumo, justamente para não entrar em novas dívidas, o que poderá fazer com que em março, haja uma redução no número de famílias endividadas.
Por Russel
Foto: Divulgação
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