IPCA-15 fechou fevereiro com o maior índice desde 2003

O IPCA-15, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, fechou o mês de fevereiro com variação de 1,33%, a maior desde fevereiro de 2003, quando atingiu 2,19%. Este índice mede uma prévia da inflação oficial do governo.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 ficou 0,44 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,89%).  

O objetivo do IPCA-15 é medir a inflação de um conjunto de serviços e produtos comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias brasileiras, cujo rendimento varia entre um e quarenta salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimento. Com o resultado de fevereiro, o IPCA-15 acumulado em 2015 (janeiro e fevereiro) ficou em 2,33%. Já no acumulado nos últimos 12 meses a taxa ficou em 7,36%.

Assim como o IPCA, o IPCA-15 tem a mesma metodologia no que abrange as regiões envolvidas na pesquisa e a mesma faixa de renda, no entanto, tem período de coleta diferenciada. Neste caso, a última metade do mês anterior e a primeira do mês de referência.

A alta dos preços por causa da inflação já era esperada, inclusive pelo IBGE, uma vez que a inflação de fevereiro reflete a alta de preços de diversos serviços administrados pelo governo, como mensalidades escolares, tarifas de energia e combustíveis. No setor de educação a alta de 5,98% registrada reflete os reajustes no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram ainda mais, em 7,29%. Já no grupo de transporte, a alta de 1,98% reflete, em especial, os reajustes ocorridos nas tarifas de ônibus urbanos (7,34%), como consequência dos impactos das elevações dos preços das tarifas. O grupo de alimentação e bebidas também sofreu alta (0,85%). Neste caso, há reflexão dos fortes aumentos de alguns produtos, como o feijão carioca, que subiu 10,07%.  

Segundo o IBGE, Rio de Janeiro e São Paulo registraram os maiores índices: 1,59% e 1,58%, respectivamente. No Rio de Janeiro, houve uma forte pressão para alta nas tarifas de ônibus urbano, que correspondeu a 8,28%. Já em São Paulo, a energia elétrica subiu 12,17%, enquanto os ônibus urbanos tiveram reajuste de 12,18%.

Por William Nascimento

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