Investimentos sociais diminuíram a desigualdade de renda no Brasil

Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que a elevação dos investimentos sociais realizados entre 2003 e 2009 colaboraram para a diminuição da desigualdade de renda por todo o país. No primeiro período do intervalo, o índice Gini (responsável por medir o nível de dessemelhança entre pobres e ricos) registrou pontuação de 0,548, enquanto ao final desse espaço caiu para 0,496.

O Ipea aponta que quanto mais perto de 1, maior é o patamar de desigualdade em um país. De acordo com Fernando Gaiger, técnico do instituto responsável pelo levantamento, dois terços da carga de tributos no Brasil são indiretas, sobre o consumo, afetando de maneira proporcional o rendimento das classes mais pobres.

Por isso, a distribuição de recursos públicos voltada às castas menos providas financeiramente foi um meio explorado pelo governo para equilibrar o peso tributário. Para o leitor ter ideia, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o PIS/Cofins afetam o consumo sem a distinção entre as pessoas que ganham mais e as que ganham menos. Por outro lado, o Imposto de Renda, sim, influencia diretamente na parcela populacional de renda mais elevada.

Apesar do Bolsa Família ter contribuído para melhorar a vida dos consumidores de baixa renda, o estudo do Ipea assinala que os investimentos realizados nas áreas da educação e de saúde foram os responsáveis pela diminuição do Gini.

Embora essa descrição saliente as ações do governo, o cidadão que utiliza diretamente os serviços das duas áreas citadas pelo levantamento sabe que muito ainda precisa ser feito e que essa condição não é suficiente para uma vida mais digna.

Por Luiz Felipe T. Erdei

Fonte: Secom

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