O crescimento econômico fez com que a população se sentisse mais otimista para comprar bens de valores mais elevados, assim como ter acesso a serviços antes restritos para poucos. O segmento de aviação civil, em meio ao otimismo do consumidor, incentivou por meio de promoções e formas de pagamentos diferenciadas viagens a praticamente todas as classes sociais.
Dados divulgados na terça-feira (26) pelo Departamento Econômico do Banco Central (BC) revelaram que as despesas líquidas com viagens para o exterior totalizaram US$ 1,02 bilhão em março, avanço de 47,1% em comparação ao mês igual de um ano antes. Por outro lado, enquanto os dados são interessantes nesse quesito, a alta de gastos dos estrangeiros em solos brasileiros alcançou taxa de 9,4%.
Embora o relatório exponha informações mais específicas sobre investimentos estrangeiros, balanço de transações correntes e outros, cabe salientar, especificamente, os dados do parágrafo anterior. O Brasil precisa investir de modo mais robusto em opções aos turistas de fora, pois o que não faltam por aqui são bons roteiros. O afogamento dos aeroportos, sobretudo em função do mercado doméstico, precisa ser superado. Está ficando claro que o consumidor do país tem potencial para se deslocar a outras nações, mas os estrangeiros podem compreender que de norte a sul, de leste a oeste, por aqui, há muito a se fazer.
O Brasil não deve ser escolhido apenas em época de Carnaval e festas de final de ano. As pastas envolvidas no segmento precisam se esforçar mais do que já o fazem para alavancar o setor antes mesmo dos anos da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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