Indústrias brasileiras e chinesas – Competitividade em 2010

A invasão de produtos chineses no Brasil não é um fato de ontem, da semana passada ou do mês passado, mas de anos de investidas do país asiático em solo tupiniquim. Os produtos por aqui ofertados vão desde um simples carrinho de fricção, encontrado em barracas de vendedores ambulantes, até os recém-chegados veículos automotores, com as fabricantes Chery e Lifan em maior evidência.

O país tem perdido competitividade perante os asiáticos, situação traduzida em números, então divulgados na quinta-feira (3 de fevereiro) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a Sondagem Especial China, 45% das companhias industriais brasileiras que concorrem com empresas chinesas perderam  representação no mercado doméstico no ano passado.

A problemática ocorreu de maneira mais acentuada em quatro segmentos: têxtil, couro, calçados e produtos de metal. O recuo da participação, neste caso, abrangeu mais da metade dessas indústrias. No ramo de couro, o índice exato de perdas chegou a 31%.

A sondagem revela que as pequenas empresas foram as que mais sofreram no ano passado com a perda de competitividade. De acordo com Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, a valorização do real foi o principal ator desse entrave. Além desse fato, predomina a mão de obra chinesa mais barata, os juros menores e a produção mais acentuada por lá em relação à brasileira.

Não à toa, diversos setores, sempre que possível, cobram do governo soluções para melhorar a competitividade. Em breve, um dos prejudicados poderá ser o segmento de veículos automotores, que observa de camarote o ingresso de carros chineses com vários itens de série a mais.

Por Luiz Felipe T. Erdei

Fonte: CNI

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