A discussão envolvendo o reajuste do salário mínimo para 2011 parece não ter fim. O governo brasileiro se dispôs a aumentar o valor para R$ 540, deliberação que não agradou a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Por isso, ambas devem, a partir do dia 10 de janeiro, reiniciar o processo para elevar a importância para R$ 580.
De acordo com reportagem veiculada pela Agência Brasil, até o momento a cifra de R$ 540 se mantém, conforme Medida Provisória (516) acurada por Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do país, antes de terminar sua gestão. O governo justifica que qualquer valor acima desse poderá implicar problemas sobre as contas públicas.
Na visão de João Carlos Gonçalves, secretário geral da Força Sindical, o governo pondera a alta como despesa, porém, avalia, a alta surtirá como investimentos, tanto que existe retorno de valores em forma de impostos, e ao fim de 2011 o incremento se dissipará.
Cálculos desenvolvidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) assinalam que a alta para R$ 540 gerará R$ 18 bilhões de expansão da renda na economia e outros R$ 8,8 bilhões por meio da arrecadação de tributos relativos ao consumo.
Apesar de endossar alta para R$ 580, as centrais podem entrar num acordo, porém com valor acima do pretendido pelo governo.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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