Os últimos meses do ano passado e o trimestre inaugural de 2010 marcaram, do ponto de vista econômico, a adoção de estímulos fiscais a setores de atividades de grande movimentação financeira, tais como linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar), veículos automotores e materiais de construção. O último, diferentemente dos demais, teve confirmada continuidade da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para 2011.
O Banco Central anunciou nos últimos dias a ininterrupção da retirada dos estímulos adotados em 2008 e 2009, que tiveram por escopo incentivar o país a segurar os principais efeitos da crise financeira global. Para Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as consequências sobre a inflação só serão sentidas quando o próprio governo fizer sua parte, ou seja, diminuir gastos.
Em sua visão por meio de nota veiculada à imprensa, o segmento privado do país espera que essa iniciativa seja levada adiante. Mesmo assim, pondera que a demanda estava aquecida e o BC, por sua vez, precisava realmente abraçar medidas para abafar a alta inflacionária.
De acordo com o portal de notícias G1, Burti acredita que se as medidas aliadas ao corte no gasto público vierem à tona, possivelmente haverá queda na Selic, a taxa básica de juros, no futuro.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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