Nem todos os brasileiros possuem a oportunidade de exercer atividades de maneira legalizada, ou seja, com registro em carteira de trabalho. A essa característica é atribuída a nomenclatura trabalho informal. Outra recorrência parecida acontece quando a produção de serviços e bens não é reportada para o governo, denominada, portanto, “economia subterrânea”.
Levantamento construído pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Brasileiro de Ética Constitucional (ETCO) revela que esse tipo de economia movimentou R$ 656 bilhões em 2010, ou seja, 18,6% do Produto Interno Bruto (PIB), superior em 12,5% aos R$ 583 bilhões do ano passado.
Mesmo com esse avanço em cifras, de acordo com o portal de notícias G1, o índice nutre estabilidade na análise por índice, uma vez que o estudo leva em consideração o crescimento da soma, de cada ano, de bens e serviços produzidos no país.
Para André Franco Montoro Filho, diretor-executivo do ETCO, depois de cinco anos (2003 a 2008) crescendo abaixo do PIB, a economia subterrânea aumentou na mesma velocidade do país. Em sua visão, essa tendência é preocupante.
Na concepção de Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV, uma queda na economia subterrânea poderá ocorrer em 2011, principalmente se as expectativas positivas em relação ao mercado de trabalho forem confirmadas. Contudo, algo significativo mesmo só quando a carga tributária e a burocracia diminuírem.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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