Determinadas autoridades brasileiras têm celebrado a possibilidade de a economia do país crescer num índice próximo, para mais ou para menos, de 7,5%. Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, averiguou a probabilidade de a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) alcançar o patamar de 8%.
Tanto a um caso quanto a outro, para Gustavo Franco, ex-presidente do BC e atual sócio da Rio Bravo Investimentos, existe, atualmente, superaquecimento na economia do Brasil. Em sua opinião, o percentual de 7,5% a este ano é insustentável, algo que deveria provocar um pisão no freio por parte do governo tupiniquim. Caso os gastos não sejam contidos, avalia, o Banco Central precisará elevar as taxas de juros.
Indagado sobre o possível retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Franco mostra-se enfático. Para ele seria lamentável Dilma Rousseff, presidente eleita, se valer do início de sua gestão para voltar com esse imposto. Acredita, portanto, que se isso fosse levado adiante, seria assinalada falta de capacidade gerencial para o corte de gastos.
Por Luiz Felipe T. Erdei
Fonte: Economia UOL
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Em vez de CPMF, deveria voltar como IMF, imposto sobre a movimentação financeira, desde que fosse neutralizado pela redução/eliminação de outros tributos "invisíveis" que incidem principalmente sobre os assalariados. A importância do IMF é que, além de ser insonegável, também permite ao Estado ter controle mais preciso de sua capacidade tributária. O que é inaceitável, entretanto,é a alegação de que seria usado para financiar este ou aquele gasto público; um Estado soberano pode simplesmente emitir sua moeda para tanto e retirar o excesso em circulação via tributação. Não causará inflação. Isto é criação de dinheiro em benefício da sociedade; coisa que a banca privada obviamente repele com horror, porque fugiria ao seu controle.