A população tem acompanhado nas últimas semanas o afunilamento de ideias entre os candidatos à sucessão presidencial. Tucanos, por exemplo, retratam os bons feitos no Estado de São Paulo nos últimos dezesseis anos, no objetivo de levar progresso à esfera federal, enquanto os petistas pregam continuidade da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva para o país manter o desenvolvimento nas áreas econômica e social.
Lula, por sinal, muito tem ressaltado os benefícios oferecidos a milhares de brasileiros por meio do “Minha Casa, Minha Vida”, “Farmácia Popular” e, talvez o mais importante dependendo da óptica analisada, o “Bolsa Família”. Apesar de existir queda na desigualdade entre classes sociais, estudo veiculado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que é grande, ainda, a diferença de riquezas dentro do país.
O principal foco medido pela entidade é o Produto Interno Bruto (PIB). Os municípios mais ricos, que somados contabilizam 10%, indica o portal de notícias G1, respondem por mais de 78% do PIB, enquanto os municípios ditos mais pobres, com participação de 40%, participam em apenas 4,7% no PIB.
Apesar de os números serem alarmantes e temas de grande interesse à imprensa focada nesse tipo de análise, entre 1996 e 2007 a desigualdade na Região Nordeste esfriou em 4,8%. O Norte, outro exemplo de grande valor, observou baque de 3,6%. O Sudeste, diferentemente, teve dessemelhanças de 1,1%.
As pretensões de o país ser a quinta potência econômica mundial não devem ser almejadas com base somente no PIB. Ainda há muito terreno para arar e plantar. O próximo presidente já deve ter ciência disso quando começar o exercício de suas funções.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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