Premiado nos últimos meses como líder mundial no combate à fome e a desnutrição infantil, além de estadista do ano, Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou as cerimônias de entrega dessas recompensas, por assim dizer, para afirmar que o Brasil provou, novamente, ser um local ideal para o investimento estrangeiro. Sempre desenvolto, o ex-sindicalista relembrou eventos anteriores, quando pedia maior confiança e tinha como troco olhares desconfiados.
Após superar a crise financeira mundial, o Brasil passou a receber maior atenção do empresariado além das linhas fronteiriças. Entretanto, essa situação está próxima de diminuir. Outros emergentes como China, Índia e Rússia, sempre atentos ao cenário globalizado, têm se aproveitado dos preços de títulos em níveis menos sedutores por parte da nação brasileira, além, é claro, das expectativas em torno de quem será o próximo presidente, para crescerem e aumentarem suas participações no mercado global.
Reportagem emitida pelo portal de Economia UOL diagnostica que os fluxos de investimentos dentro do país tupiniquim cederam mais de R$ 3 bilhões desde janeiro de 2010. A China, para efeito exemplificativo, conseguiu absorver positivamente R$ 11,5 bilhões. Paul Biszko, estrategista de mercados emergentes da RBC Capital Markets, avalia que os investidores ainda prezam muito o histórico de finanças do país atualmente presidido por Lula, mas ressaltam que em 2009 a nação foi muito mais atraente.
A essas especulações, “indas” e “vindas”, o Brasil precisa se acostumar. Não é baseado em prêmios, somente em números passados que são refletidos agora, que o país tem de sempre ser o foco das atenções. Quando o assunto envolve direito, ninguém ganha para sempre.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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